É verdade que a condição feminina no mundo ainda é degradante, mas falando de parte de nossa realidade “ocidental”, onde as mulheres cada vez alcançam cargos de decisão, o que percebo é a ausência de um modelo feminino de gestão.
De maneira geral as mulheres mimetizam o modelo masculino e se comportam como “homens de saia”.
No campo pessoal são quem perpetuam o modelo machista de relacionamento, já que de um modo geral são quem passam boa parte da vida educando os homens, como mães, irmãs, filhas, professoras, namoradas, esposas ou amantes.
Reproduzem o modelo de dominação masculino, das quais tiram proveito, apenas reclamando quando esse mesmo modelo lhes é desfavorável.
É cômodo, exaltar as falhas do homem e as qualidades da mulher, se eximindo de responsabilidade.
No entanto os gênero masculino ou feminino não são imunes das influências que exercem um sobre outro.
O que observo é que, hoje, na ânsia de se igualar, as mulheres - de maneira geral - se nivelam por baixo naquilo que supõem ser o ideal do modelo masculino de pensar e agir.
Supõem porque, da mesma maneira que (por mais explicações e sensibilidade) o homem jamais vai compreender o significado de ser mulher e nem do que seja maternidade, a mulher, por mais racionalize, seja objetiva e embruteça será incapaz de penetrar na “lógica masculina”.
Apesar das justas reclamações femininas, a realidade mostra que se existe quem pode mudar essa situação para melhor é a mulher, mas que infelizmente prefere se amoldar ao padrão masculino e repetir os mesmos erros que tanto reclamam nos homens.
Carlos Eduardo Bronzoni
7 de março de 2008
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