Quando amamos alguém temos nossas expectativas, esperamos reciprocidade, companheirismo e solidariedade...
Nem sempre isso acontece e nos sentimos sem a nossa metade, quase sempre “fizemos” a nossa parte e não recebemos nada em troca.
O amor que sentimos fica sem uma das pernas, sem um dos braços, perdemos parte da visão e da audição; e a nossa voz se perde no vácuo.
Nossos dias tornam-se noites intermináveis e quase sempre fazemos a substituição desse amor pela dedicação ao trabalho, aos filhos ou a algum “ideal” de vida.
Por mais que isso seja um lenitivo ainda assim falta-nos o ar.
Quase sempre fingimos que não é conosco, que vai passar, que estamos cumprindo um destino ou que a vida é assim mesmo.
Só que isso tranca nossas emoções, criam nódulos emocionais e nossas energias não circulam como deveriam.
Nos enchemos de remédios, espalhamos nossas dores aos quatro cantos, fazemos transferência pro alimento, bebida ou sexo.
Depois buscamos o amparo nas religiões que na maioria das vezes não têm respostas aos nossos problemas tão específicos.
Na verdade não focamos a solução e insistimos em varrer os problemas para baixo do tapete.
E como antes de tudo não amamos a nós mesmos, ficamos sempre a espera das migalhas de amor que, por ventura quem passe ao largo, se desfaça.
O amor é a luz do candeeiro que beneficia primeiro sempre aquele que o carrega. Se o amor que temos não nos inclui o que esperamos do amor?
Carlos Eduardo Bronzoni
1 de dezembro de 2007
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