terça-feira, 19 de agosto de 2008

Só aprendemos com o tempo

A nossa cultura não valoriza a vida como um bem. Não aprendemos a usufruir a vida no bom sentido, apenas a consumir.

No que se refere à morte é bem pior, já que não aprendemos a lidar com perdas e simplesmente ignoramos, como só acontecesse com os outros,como se fosse parte de um videogame ou pela maneira glamurosa dos filmes.

A verdade, não aceita pelas religiões tradicionais e ciência oficial, é que a vida (pelo simples fato de ser “vida”) é eterna e continua...

Ficamos presos à aparência e forma como isso fosse a verdade única e definitiva. Há até uma assertiva (Lavoisier) que diz “na natureza nada se cria e nada se destrói; tudo se transforma”, mas não aplicamos isso para nós.

Há poucas décadas, Albert Einstein, disse que tudo é energia, mas apenas valorizamos a casca. Ficamos presos apenas às sensações dos cinco sentidos e dificilmente percebemos algo mais adiante.


A morte (prefiro o termo passagem) não é um fim em si mesmo, ainda que seja isso que nos imponham como crença.

A consciência (que em ultima análise somos nós) se mantém ativa e integra. O que desaparece é a roupagem que usamos que nos auxilia a relacionarmos uns com os outros.

Podemos compará-la a um escafandro que se tornar desnecessário ao emergirmos das profundezas do oceano ou mesmo a com a troca de roupas rotas por novas.
Devemos fazer todas as homenagens cabíveis a quem seguiu a frente de nós, erguer-lhes uma estátua e se possível honrá-lo sempre.


Só não é razoável eternizar-se num culto com dor e sofrimento. Melhor é fazer uma festa com alegria, levar um brinde e celebrar todos os momentos bons que se passou junto, porque a verdade é que mais cedo ou mais tarde estaremos todos fazendo a mesma viagem.

A única questão que se coloca é que, cada um de nós segue um destino diferente, dependendo da qualidade de como vivenciamos as nossas experiências nesta vida.

Não que exista um céu ou inferno fantasioso, mas nem sempre as qualidades das vibrações, que amealhamos em nossa jornada, pra nossa alma, estão em consonância com as de outras.
Só que isso só aprendemos com o tempo e não por que um velho amigo nos alerta sobre isso ou aquilo.


Carlos Eduardo Bronzoni
27 de novembro de 2007

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