terça-feira, 19 de agosto de 2008

Olhando para a direção correta

Apesar de ser um lugar comum e redundante, somos o resultado de todas as nossas experiências, que muitas vezes esquecemos disso olhando a vida apenas de uma maneira pontual.

Esquecemos a nossa trajetória e ao nos decepcionarmos agarramos a ultima experiência como se ela fosse a tábua da salvação real.

Não treinamos para “soluções” e, quando aparecem os problemas, nos sentimos despreparados e nos acomodamos em nossos papéis como se a vida fosse estática e a realidade imutável.

Só que não é assim... Da mesma maneira que novas oportunidades surgem no horizonte a nossa frente às antigas desaparecem no horizonte atrás de nós.

Ficamos tão apegamos aos problemas ou só aceitamos a solução que atenda única e exclusivamente a nossa satisfação egoísta, que normalmente a longo prazo acabamos perdendo, ainda que não venhamos a nos dar conta.

O passado é uma experiência cristalizada e o futuro um eterno vir a ser e, a maioria de nós, não aproveita o eterno presente e o usa como alavanca para se impulsionar a frente e pra mais alto.

Fica estagnada emocionalmente e a vida passa sem aproveito perdendo um tempo precioso tentando inutilmente reviver o passado que se foi.

Para não se surpreender (tanto) negativamente, é essencial treinar “solução”, mesmo que seja para circunstâncias que não nos digam respeito ou não esteja em nossa alçada resolver.

É se imaginar no lugar do administrador público (por exemplo) e propor-se a “resolver” o que vê incorreto, seja um buraco na rua, um cano vazando água, a ausência de uma passarela, por exemplo.

Não que vá resolver, mas além de treinar a mente para “solução”, no campo subjetivo estará qualificando positivamente esse mar de emoções dentro qual vivemos.

A maior parte de nós, por ter as emoções obliteradas e atenção voltada somente para o próprio umbigo, só consegue ver problemas e incompetência alheia.

Por ser incapaz de reconhecer o próprio esforço pessoal é incapaz de valorizar o esforço alheio. Confunde vaidade com auto-estima.

vê no amor, que move as relações humanas, de um ponto de vista totalmente equivocado, sem uma sincera generosidade (que por sinal deve incluir a todos, inclusive a nós mesmos) e lida com esse sentimento como fosse escambo.

Não é o fato de uma pessoa ter uma formação acadêmica, vivência, cargos elevados e nem mesmo vasto conhecimento filosófico ou religioso que a habilita a pensar.

as pessoas não conseguem associar como as próprias atitudes e palavras tem conseqüências do que acontecem com ela.

Não é por outra razão que os sábios ouvem mais do que falam e ainda assim pensam muito mais pra falar.

Não que toda pessoa quieta seja sábia, mas os sábios transmitem uma sensação de conforto e tranqüilidade.

E por estarem voltados para “solução” quase sempre imantam quem se aproxima que, mesmo sem se dar conta, sente as soluções surgirem efusivamente.

O sábio não é aquele que detém muita informação, mas quem que consegue fazer bom uso das que tem.

Durante muitos séculos não tínhamos tantas informações como hoje. Por décadas o que se lê em livros de auto-ajuda e se ouve nessas igrejas de ocasião, se mantinha guardada como segredos de sociedades secretas. Só que isso se popularizou de tal forma que caiu no lugar-comum e no descrédito.

Hoje tem até a síndrome de excesso de informação e nem por isso as pessoas são felizes. Não conseguem vincular as informações que detém a um projeto de serem felizes.

Apesar de não ter uma regra para ser feliz, mas tem uma postura e consequentemente vem da maneira de pensar adequada e esta está diretamente ligada à consciência do “dever” cumprido.

Carlos Eduardo Bronzoni
17 de fevereiro de 2008

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