terça-feira, 19 de agosto de 2008

O que esperamos?

Não há quem não espere alguma coisa, muitas vezes apenas ficamos esperando e é nisso em que falhamos.

As nossas realizações estão sempre dependentes de ações e aprovações alheias.
Necessitamos de reconhecimento como sedentos e esfomeados.


Na maior parte das vezes, apenas por tola vaidade, deixamos de contribuir para o bem apenas porque não afagam nosso ego.

O nosso desprendimento é superficial, o nosso amor é condicional e nossa humildade conveniente.

Nos indignamos com as injustiças a nossa volta, mas ficamos somente nisso.

A nossa visão é apenas periférica, nos furtamos a enfrentar os problemas de frente e nunca focamos a solução.

Damos esmolas por desencargo de consciência e nada além disso.

Quando nos predispomos a um trabalho voluntário nunca encontramos o ideal.
Não temos paciência com os outros e reclamamos que não temos atenção.


Queremos viver um amor “maior do mundo”, mas somos como vasos trincados incapazes de guardá-lo.

Nossos ideais são excludentes, a nossa fé é cética, a esperança é circunscrita e nosso amor “incondicional” está eivado de orgulho e vaidade.

Queremos transcender, mas chafurdamos na lama.Mal saímos do oleiro e nos achamos um trabalho de arte.

Não conseguimos viver bem a nossa humanidade, mas habitar entre os arcanjos é o que queremos.

Carlos Eduardo Bronzoni
27 de dezembro de 2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAMÍLIA

FAMÍLIA

Seguidores

Pesquisar este blog