sábado, 16 de julho de 2011

Espero

É de tu menina, do sorriso sincero,
Que a luz teus olhos que ilumina,
Todo amor que há muito tempo espero!


16 de julho de 2011
Carlos Eduardo Bronzoni

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Que o teu amor seja infinito,
E o teu sorriso perene.
Que tuas lágrimas reguem a alegria,
Que vive em tua alma,
Porque ela é eterna,
Onde não tem ontem, nem amanhã,
É sempre hoje!

8 de julho de 2011
Carlos Eduardo Bronzoni

quarta-feira, 6 de julho de 2011


Tu és o anjo que me seduz,
A estrela que me orienta à noite.
Para mim do amanhecer é a luz,
Que me livra da dor, o açoite.

Carlos Eduardo Bronzoni
6 de julho de 2011



quarta-feira, 29 de junho de 2011

É tudo!

Quando se ama todos defeitos são desfeitos,
Todos pecados são perdoados,
Os segredos conhecidos...
 
Quando se ama dispensamos cerimônias,
Perdemos a timidez e a vergonha.
E o amor que conhecemos muda,
Se torna maior e melhor.
 
Quando esse amor é real,
Nos permitimos viajar nos sonhos,
Nos deixamos guiar pelo outro,
Confiamos...
 
É o amor que nos aquece no frio,
E refrigera a alma no calor.
É um amor simples e complicado,
É cheio de nuances e direto.
 
É TUDO!

Carlos Eduardo Bronzoni
29 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Amar bonito…

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.
Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.
Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender…
Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.
Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam, descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que atendem, enchem-se de razões.
Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.
Nem queira! Ter razão é um perigo: em geral enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.
Cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.
Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.
E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito…
Não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. Seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.
Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil.
Revivendo os caminhos que você intuiu em criança…
Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é. Cuide agora da forma do amor. Cuide da voz. Cuide da fala.
Cuide do cuidado.
Cuide de você.
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.
Artur da Távola

O coração só trinca

Não há outra solução para nós que não seja nos incluir ao amar. Não como um egoísmo travestido de amor, isto equivaleria a ser um lobo em pele de cordeiro.
 
O único direito que a vida não nos permite é o "direito de sofrer", nem ao menos transferir esse "direito" para outra pessoa.
 
Ainda que eventualmente estejamos entristecidos, não há nenhuma razão para curtir fossa, fazer drama, a menos que seja um prazer se passar por vítima; se isto lhe deixa feliz continue assim, vai fundo!
 
Caso contrário, pare de sentir pena de si mesmo e ter autocomiseração, porque atraímos para nós aquilo que emitimos a partir de nosso coração.
 
Na vida o que nos cabe é aprender com a dor e com a alegria; com a dor para evitá-la e com a alegria para repeti-la, mas isso é uma predisposição intima, não adianta recursos externos.
 
O nosso coração só trinca quando é traído por nossa própria vaidade e egoísmo, fora isso não tem como ser tocado de fora para dentro.

Carlos Eduardo Bronzoni
24 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Que pelo menos sejam novos

Nem sempre nos damos conta como superdimensionamos nossos pequenos percalços. Por mais que nos pareçam enormes tragédias pessoais...
Não que os problemas pelos quais passamos sejam irrelevantes ou sem importância, mas o que nos cabe e aprender com eles e superá-los.
Eu sempre digo que o Mal (que alguns chamam de diabo) não quer o nosso mal, não nos quer sofrendo e martirizados.
Normalmente, a maior responsabilidade das causas de nossas dores somos nós mesmos.
Se não for nesta foi em outra vida; com raríssimas exceções não somos corresponsáveis pelos sofrimentos pelos quais passamos;
O mal (seja o nome que se dê) quer mesmo nos paralisar a nossa alma; nos fazer marcar passo ou caminhar em círculos, nada além disso.
Não há quem realmente sofra e não busque auxílio ou uma maneira de sair desta situação.
Quem sofre do físico busca médico, que sofre da alma busca Deus, mas não é isso que as falanges do mal querem...
Essas personalidades desviadas necessitam se alimentar de nossas energias viciadas em pensamentos tristes e recorrentes, como verdadeiros vampiros astrais...
E o que nos cabe é apenas sair dessa tônica, se nos encontramos nela, para que fechemos a porta, pela qual sugam nossas energias e se esvaem as nossas simpatias.
É importante repeitarmos os momentos de dor pelos quais passamos, mas não devemos por isso, permitir que isto seja como areia movediça que, a cada movimento nosso, nos afunda cada vez mais...
Entendo seus sofrimentos, sei que cada um de nós tem seu momento e ele se prolonga enquanto não amadurecemos e observamos a beleza da vida;
Não é porque nos frustramos na vida que vamos deixar de continuar vivendo, isto seria equivalente a nunca mais se alimentar, apenas porque a hora avança e ainda não almoçamos.
Cada um de nós tem seu “momentum”, cada um de nós está num determinado quilometro da estrada da vida, mas não autoriza que as dores que passaram nos prendam num passado que já se foi.
Pelo menos aprender, para que pelo menos não repita os mesmos erros. Porque se tiver que errar, que eles sejam novos pelo menos.
Carlos Eduardo Bronzoni
14 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Na tua

Meu sorriso se abre quanto te vejo.
Tu és a fonte do amor em minha vida.
Eu sonho noite e dia por teu beijo,
Minh'alma está na tua embebida.

Carlos Eduardo Bronzoni
13 de junho de 2011

Ao entardecer...

Quisera dizer todas manhas o quanto te amo.
Admirando os brilhos de teus olhos, me aquecendo em teu sorriso.
Seria ganhar o paraíso, compartilhar tua presença,
Ainda que o dia-a-dia nos ocupasse nossas preocupações,
Teria a certeza que ao entardecer te daria um beijo e um abraço.

Carlos Eduardo Bronzoni
13 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pergunte à Vida


Não é o amor que é idiota e muito menos seus frutos, ainda que seja uma palavra, frase, mensagem ou livro; seja em prosa ou em poesia.
Nós é que nos comportamos da forma errada perante ao amor, imaginamos o que ele não é e agimos de uma maneira tola e irresponsável.
A primeira coisa é que depositamos em mãos alheias toda responsabilidade e obrigação de nos fazer feliz.
O “outro” passa ter todo o peso desse compromisso.
Por outro lado nos eximimos completamente; com isto o que é uma certeza se torna uma imensa dúvida.
O que deveria ser uma construção se torna demolição.
Passamos a desconstruir e, ao invés de andarmos por uma estrada bem asfaltada, nos embrenhamos em atalhos sem nenhuma referência para chegarmos ao nosso objetivo de uma forma segura.
Nunca deixe de se questionar o que a Vida tem a lhe dizer, seja nos fracassos ou mesmo nos sucessos.
Muitas situações poderiam ser evitadas ou repetidas se tivéssemos aprendido com nossas experiências anteriores.
Se hoje alguma dificuldade se apresenta em sua vida não a rejeite, aceita e aprende.
E, se por acaso, o seu momento é de prazer e felicidade não releve e nem fique apenas usufruindo, ainda assim pergunte à Vida o que ela quer lhe ensinar.
Carlos Eduardo Bronzoni
20 de maio de 2011

A paixão sim

Para amar, o amor é como a árvore frutífera que, mesmo sendo generosa ao doar seus frutos, tem o intuito de se perpetuar; e também deixa cair as próprias folhas, para que elas se transmutem em adubo que a alimentará.
Um amor que não se insere é um egoísmo pervertido, afinal é o amor é um circulo no qual devemos estar inclusos.
É um sentimento equilibrado, ainda que arrojado. É corajoso sem que isso signifique inconsequência.
O amor é um diamante de mil faces, cada uma com seu próprio desenho, brilho e cor.
É diferente da paixão que é sempre igual e seus resultados, ainda que travestidos de amor, sempre se torna um ledo engano.
Nem sempre percebemos que nossa visão do que seja amor é míope, que nossa compreensão dele é um engano.
Estamos quase sempre comerciando nossos sentimentos, fazendo escambo deles e numa expectativa quase nunca satisfeita; exatamente porque não agimos de coração aberto, como arrazoamos, ao percebemos que não nos satisfizeram nossas veleidades.
Acusando o outro daquilo que no fundo era nosso intuito secreto, como não somos atendidos, vestimos a roupagem de vítima e coitadinho.
O amor não sofre, a paixão sim.
Carlos Eduardo Bronzoni
20 de maio de 2011

Saudade!


A saudade não avisa,
Simplesmente ela vem.
Tempestade que não ameniza,
Carregando a dor que tem...

Carlos Eduardo Bronzoni
25 de maio de 2011

O amor é inclusivo

Podemos dar várias interpretações a paixão e amor, algumas até os colocam em antagonismo, depende do contexto.
Não há envolvimento sem paixão, como não há permanecia numa relação sem empenho...
O amor é um outro nível de consciência e não um sentimento irracional e incompreensível.
Normalmente tendemos a separar amor de razão, como se um existisse sem o outro ou, melhor, um não fosse o outro.
A nossa mente tende a separar as coisas para melhor compreender, mas não no sentido de aprender, mas com o intuito de restringir e limitar.
De modo geral sentimos o mundo, unicamente, através de nossos sentidos e, ainda que sejamos capazes de discernir, estamos muito distantes de algo que esteja além de nossos cinco sentidos.
Estamos sempre em busca de nossa satisfação imediata e egoísta. Raras são as pessoas que se sacrificam (às vezes até com a própria vida) realmente por amor, quase sempre este impulso é uma paixão desenfreada.
O amor é inclusivo e isto se refere também a nós.
Aquele que ama tanto, mas que não se insere nesse amor, apenas engana a si mesmo; não há amor ao outro (pessoa ou causa) em quem diz amar e não tem por si mesmo esse mesmo sentimento, que conclama aos quatro ventos.
Carlos Eduardo Bronzoni
22 de maio de 2011


Minha flor

É tu a minha flor favorita,
É só teu o perfume que embriaga.
É a vida que tua beleza imita,
Meu coração, apenas o teu aguarda.

24 de maio de 2001 às 19h55
Carlos Eduardo Bronzoni

O Livro da Alma

A vida de um livro não está na importância de quem o escreveu, mas na
maneira como toca quem o lê.

Nem sempre nos damos conta que, ainda que possamos discordar de todo seu
conteúdo, por mais que seja cansativo folhear suas páginas, do quanto ele é
importante para cada um de nós.

Os livros se atualizam com o tempo, hoje são eletrônicos, mas já foram de
papiros, de peles de animais, escritos nas paredes de grutas, templos e
palácios; outras vezes os encontramos em pedaços de argila ou em pedras com
os mais diversos sinais com seus significados desconhecidos.

Um vaso ou uma estátua também é um livro, um belo quadro também... As
roupas que usamos, utensílios domésticos, até mesmo aqueles feitos de pedra,
são por si um livro a ser compreendido na posteridade.

O uso do papel é algo relativamente novo para a humanidade, mais novo ainda
o uso da prensa para reproduzi-lo em profusão. Então o que dizer da tecnologia
de informática?

No entanto, nem sempre nos damos conta que existe um
singelo mas precioso livro, do qual não nos damos conta e
sequer percebemos sua existência, que é o livro da alma,
aonde estão escritos tudo pelo qual passamos e tudo pelo
qual ainda passaremos...

E cuja maneira de ler é observando cada gesto e o brilho dos olhos, que somos
incapazes de esconder ou mentir.


Carlos Eduardo Bronzoni
25 de maio de 2011

O “outro” que há em nós...

O “outro” sempre é incógnita, seja lá qual for à relação que temos com ele.
As pessoas, de maneira geral, estão mais preocupadas com a satisfação dos cinco sentidos e nada muito além disso, até mesmo qualquer intercessão a favor de alguém denota algum interesse subjetivo.
É muito difícil, em nosso atual momento, existir alguém tão abnegado a ponto de fazer algo sem interesse.
O interesse faz parte das relações humanas e não tem como ser de outra maneira...
O que nos acabe avaliar, é como nos enquadramos nas mais diversas relações em que nos envolvemos, o “outro” sempre será o que ele é, o que nos cabe é avaliar é que vantagem temos nisto.
Supor que a nossa dedicação e esforço possa alterar a rota que cada um traçou para si mesmo é um ledo engano.
 São raríssimas as pessoas com as quais nos relacionamos, que tem essa capacidade de mudança e adaptação.
Nem mesmo nós nos tornamos acessíveis ao “outro”, se nem quer somos acessíveis ao “outro” que há em nós...
Fora isso é querer demonstrar uma ingenuidade que não temos...
Carlos Eduardo Bronzoni
26 de maio de 2011

A razão de estarmos por aqui

Da mesma maneira que um piloto de avião, antes de partir, precisa traçar seu plano de voo ou, o motorista de rali, necessita de planejar seu trajeto antes da prova, viemos à vida com um traçado mais ou menos definido, com nossa anuência, na maioria das vezes...
E este traçado pode ser acessado por nós, poucos conseguem utilizar os “arquivos acásicos”, outros fazem uso do Mapa Astrológico ou do mapa que os quiromantes encontram nem nossas mãos.
É possível também descortiná-los, traduzindo nossas experiências nesta vida com a atuação de uma terapia, como agente facilitador.
Só que precisamos entrar na vida no zero à zero, por isso nos é dada a graça do esquecimento, para não carregarmos nem constrangimento em relação as pessoas que nos cercam, caso elas, num passado distante, tenham sido cúmplices ou vitimas em nossas histórias.
Por isso o questionamento sobre se a reencarnação é real ou não é alimentado ininterruptamente por séculos.
E o motivo de reencarnarmos é porque, no nível de consciência além do plano material, nem sempre temos como nos relacionar uns com os outros, devido as diferenças de tônica vibratória.
O corpo equivale ao escafandro, que nos permite mergulhar nas experiências corpóreas, da mesma maneira que o mergulhador faz para trabalhar nas profundezas do mar.
Então, com essa limitação, podemos interagir no mundo das formas e ensinar e aprender mutuamente...
Deste modo, à medida aprendemos com nossos acertos e erros caminhamos em direção ao que compreendemos como Deus, por nosso méritos e não por uma escolha arbitrária e sem sentido.
Esta é a razão de estarmos por aqui, que tantos estudos e filósofos se questionam por séculos...
Carlos Eduardo Bronzoni
3 de junho de 2011

A bússola que nos orientará


Gostar é muito diferente de amar, gostar basta simpatia, ter alguma relação boa, mas amar vai além disso. Precisamos nos superar, até mesmo para poder ajudar o outro a galgar novos patamares.
Não só nas questões materiais como nas transcendentes, é algo que vai mais adiante que satisfação dos sentidos e da vaidade.
Gostar nem sempre é saudável, amar é sempre e em seu sentido amplo; corpo, alma e espírito.
As nossas carências enganam a nós mesmos e nossos sentidos são fáceis de serem iludidos.
Ainda que exista para o amor infinitas definições (como se amar pudesse estar contigo em algum lugar) e dezenas de adjetivos, nem sempre o percebemos como um todo, devido a miopia de nossa alma.
As pessoas necessitam mais de um eco, que lhe corresponda às expectativas e ansiedades, que outra coisa.
Hoje, mais que antanho, os relacionamentos são para consumo imediato e descartável, época das relações virtuais e vazias.
Não que tenha existido alguma Era do Ouro, estamos aprendendo e reaprendendo, a cada dia, a cada ano e em cada existência pela qual passamos.
No entanto, vivemos num momento singular, aonde nem aceitamos mais as velhas regras e ainda não escrevemos as novas.
As nossas emoções de maneira geral ficam inseguras e consequentemente confusas e não sabemos mais diferenciar entre sentimento, emoção e instinto.
É um momento de revolução silenciosa da alma.
Estamos no interstício de Eras e neste lusco-fusco estamos numa encruzilhada sem saber qual direção tomar.
No entanto, basta que nos recolhamos a meditação e buscar nosso caminho pessoal e assim entrar a bússola que nos orientará para nosso irremediável destino.
Carlos Eduardo Bronzoni
3 de junho de 2011

Lembrando de Fernando Pessoa


Na vida as coisas não acontecem em sequencia, mas tudo ao mesmo tempo e o tempo todo, é o que chamam de “realidade paralela” e não tem como ser de outro modo.
Nós é que queremos ordenar as coisas e fazer filas de prioridades.
Só que a Vida não age assim...
Ela simplesmente joga todas as cartas na mesa, coloca todas as opções ao mesmo tempo, nós que sequenciamos e pegamos uma a uma, sem ver qual é...
Basta observar um simples amanhecer, o sol surge, as cores se mostram em profusão, pássaros voam sobre nossas cabeças e milhares de outras coisas acontecem concomitantemente e nem temos consciência disto...
Nem mesmo Deus segue essa Linha de Tempo, que supomos ser verdade. Para nós o tempo é uma sequencia de minutos, dias, meses, anos e séculos.
Só que isto, além de uma criação de nossa mente, apenas acontece numa ínfima parte do que entendemos por vida.
As oportunidades surgem a todo instante em nosso cotidiano, na maioria das vezes sequer nos damos conta, nem importância e deixamos passar sem a menor atenção...
Fomos condicionados a nos relacionar com que toca apenas os nossos cinco sentidos, além disso, a enorme maioria vê como sobrenatural, quando é exatamente ao contrário, é normalíssimo.
E nem isto se refere a supostos efeitos de pretensos atos mágicos ou de algumas poucas pessoas “especiais”, que expressam dons ou carismas e a ciência ainda não tem como dimensionar.
É de nossa maneira de lidarmos com o “outro”, seja um parente, vizinho, conhecido, colega, amigo e até mesmo os outros “eus” que existem em cada um de nós... O que me lembra Fernando Pessoa.
Raramente temos essa consciência e a percepção dessa existência e da importância em nossas vidas.
Queremos “conter” o tempo todo; colocar num cercado e controlar.
Só que, quando nos damos por nós, não temos mais o tal tempo, que imaginávamos existir e controlar, mas do qual em verdade éramos escravos; de uma ilusão.
A nossa vida -- que poderia ter se expandido -- se contraiu, que poderia ser grande se apequenou; e o que ganhamos com isto?

“Das nebulosas em que te emaranhas
Levanta-te, alma, e dize-me, afinal,
Qual é, na natureza espiritual,
A significação dessas montanhas!”
Fernando Pessoa

“A montanha”
(Eu e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos)
Carlos Eduardo Bronzoni
3 de junho de 2011

O Direito que não se tem

Dentre os vários direitos que a vida nos oferece, a exceção está em não nos permitir a escolha da infelicidade, nem mesmo consente que pessoas ou circunstâncias possam nos fazer sentir assim.
 As nossas limitações e dificuldades podem nos parecer rochedos intransponíveis, o que nos cabe é escolher desbastá-los, para levantar muralha ou um templo à virtude; ser um empecilho à nossa caminhada ou construir trampolins e escadas.
 Cada um cria o que lhe for mais propício e afim.
 Podemos mudar nosso destino, já que temos livre-arbítrio e discernimento, e fazer o milagre de transmutar a tristeza em alegria, assim, já que não temos como alterar o passado, é responsabilidade nossa recriar o futuro.
Carlos Eduardo Bronzoni
28 de dezembro de 2009

Como disse o poeta argentino


Se decepcionar faz parte de viver, assim também quando ficamos gratificados. Isso não acontece porque somos marionetes nas mãos dos “deuses”, nem mesmo porque as pessoas são “imperfeitas” e passiveis de erros...
A nossa decepção ou satisfação é proporcional as nossas expectativas... Não há decepção quando não há uma relação de troca; e essa percepção só existe a partir de nós e não do outro.
É como Buda ensinou: “quem tem mil desejos tem mil sofrimentos, quem tem um desejo tem um sofrimento, que não tem desejos não tem sofrimentos”.
O “desejo”, neste caso, não é sinônimo de “vontade”, mas do querer saciar as veleidades...
Deste modo, está ligado (o desejo) ao que se denomina de “carma” (Lei de Causa e Efeito) e a “vontade” é a ação do “darma”, cujo significado é “dever”.
Porque, na maior parte do tempo, se está “abrindo um buraco para fechar o outro”, OU “jogando a sujeira para debaixo do tapete”, como falam os antigos.
Isto é carma, consequências de nossas atitudes, palavras e pensamentos, independente das tonalidades de nossas intenções, ou seja, estaremos sempre sob o jugo desta Lei, ainda que em algum momento consigamos sair da Roda das Encarnações...
Só que estamos sempre querendo negociar e renegociar com o “destino”, que nós mesmos traçamos para nós.
Entretanto, isto nada tem a ver com o que, as religiões de viés cristão, ensinam sobre “determinismo”... Afinal, Deus não é discricionário.
Por isso sofremos, estamos sempre querendo dar um “jeitinho” nas coisas e nunca resolver como têm que ser resolvidas.
Estamos quase sempre trocando seis por meia dúzia, apenas com o intuito de “se dar bem” ou “ficar bem na fita”.
O que nada tem a ver em não saber negociar, nem ter jogo de cintura ou não ter um plano “b”, viver não é não agir e nem pensar com rigidez de pedra, muito pelo contrário.
As pessoas que teimam não são as mesmas que são perseverantes.
O darma, por sua vez, nem por isso é um dever autoritário e insensível, há de se ter afeto, como disse o poeta argentino: “Hey que endurecer-se pero sin perder la ternura jamás”...
Só que isto, ainda que não seja do desconhecimento das pessoas, raramente é colocado em prática.
Carlos Eduardo Bronzoni
2 de junho de 2011

Vitória e Sucesso


A nossa Vitória e Sucesso não se dão por um ato discricionário e personalístico de Deus ou qualquer outra Consciência Superior.
Ele não invalida nossa capacidade de escolha e muito menos nosso livre-arbítrio, nos impondo seus desejos, seja para bem ou para o mal.
Deus não tem essas veleidades tão características de nossa humanidade e não d’Ele.
Da mesma forma que não nos exime de colhermos aquilo que semeamos, seja erva daninha ou o fruto que nos alimentará. (Mateus 13:28-9)
Em nosso atual estágio mental é natural ter a ideia que a presença divina tem uma aparência igual a nossa, que tenha uma atitude imperial, igual a nossos governantes e comporte ora como um juiz, ora como carrasco. (Lucas 17:20)
Entretanto, essa perspectiva é uma injunção nossa que só consegue distinguir a aparência limitada da letra e mal consegue perceber a essência do espírito. (2 Coríntios 3:6)
O erro comum é interpretar Deus como se estivesse fora de nós, tivesse uma preexistência anterior, distante e independente a nós, como se fora um diretor teatral e fossemos obrigados a seguir-lhe cegamente as orientações. (João 4:24)
Ainda estamos tão presos aos nossos cinco sentidos, acorrentados a vícios mentais e emocionais, que separamos Deus de nós, como se isso fosse real e possível. (Salmos 82:6, 1 Coríntios 3:16, Romanos 8:16)
Sem contar que isto nos “libera” de um comprometimento profundo e permanente. Afinal, como iríamos fazer se esse vínculo fosse tão intimo assim?
Não teríamos como pedir misericórdia ante a descoberta de nossas atitudes mesquinhas, não teria a menor razão de nos cobrir de cinzas, como se isso fosse esconder nossos pecadilhos, e nos lavar em água benta.
Se a nossa abordagem fosse diferente o nosso nível de comprometimento com Deus seria simplesmente total, o que, por sinal, não nos é conveniente.
Necessitamos desse distanciamento para explicar algo que para nós é uma total ignorância; seja a causa de nossas dores ou porque nosso desejo egoísta quer algo, que supomos estar além de nossa capacidade.
Se conseguimos superar é “milagre”, caso contrário os monopolistas da fé ensinam que culpa é da nossa “falta de fé” ou porque o “tempo de Deus” não é o mesmo que o nosso;
E assim vamos levando, nos enganando e adiando cada vez o momento de tomarmos a efetiva posse de nossa verdadeira Vitória e Sucesso.
Carlos Eduardo Bronzoni
31 de maio de 2011

FAMÍLIA

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