segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O Caminho

Eu sempre digo que a paixão é sempre do mesmo jeito, mas o amor tem mil maneiras de ser. A paixão é possessiva e egoísta. O amor é capaz de se superar. O problema que a maioria acha que só está amando quando sente um estado diferente e alterado da alma e emoções com reflexos no corpo. O que não se percebe é que paixão se esvai e o que sobra é muito pouco. O amor é tranqüilo porque é permanente, muda e se altere, mas em essência não.

A paixão é um fogo-fátuo que mais assusta do que se admira. Não que a adrenalina não seja uma coisa boa, que o tesão não seja instigante. Só que apenas isso apenas sacia, mas não satisfaz... A plenitude que só o amor pode oferecer se diferencia porque se recria o tempo todo. Não que não tenha tesão e desejo, mas não deixa aquela sensação enjoativa de prato repetido.

O amor pode não nascer do nada absoluto, mas só a paixão pode acabar em... A paixão é a semente primacial do amor, que se não for devidamente cuidada não vinga. Se confunde semente com a árvore, mas nem mesmo o broto é, por mais seja em potencial.

É nisso o grande equivoco, não permitir que crie raízes, que espalhe a copa, que dê frutos e ofereça sombra. É por isso que a maioria se ressente de algo mais profundo, mas se não permite se criar raízes?... A ansiedade quer coisas prontas pra consumo e satisfação imediata. Em tudo tem seu tempo, assim como na natureza onde os ciclos se repetem, devemos estar atentos ao nosso ciclo pessoal no qual estamos vivendo.

Se nosso momento é primavera ou estamos mais pra inverno, se estamos num período propício como num dia ensolarado ou nossas emoções parecem estar num dia de tempestade turvando a razão. Se através de nossa alma fazemos contato com o divino, não devemos nos esquecer que nossas emoções e nosso físico são filhos da Terra. É dela que nos alimentamos, é dela de quem sofremos a maior influência e nisso inclui as pessoas de nosso convívio.

Por isso é imprescindível ter consciência que o nosso território interage com os das outras pessoas e com o ambiente a nossa volta. Não há outra maneira de ser feliz e fazer as conquistas que tanto almejamos se não buscarmos seguir o caminho do meio.

Carlos Eduardo Bronzoni
06 de abril de 2007

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