terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Senhor Tempo

Nem sempre nos damos conta como o tempo é a própria solução. A queremos rápida e, muitas vezes, sem o estofo necessário para que se sustente e se mantenha.

Quase sempre não é a que queremos porque sequer nós achamos merecedores, mas sempre é da maneira que precisamos aprender.

Quando há situações recorrentes o nosso compromisso é descobrir a razão de não ter aprendido. Não resolve é ficar paralisado em reclamações sem sentido ou continuar vivenciando as mesmas coisas numa repetição infinita.

As grandes mudanças só ocorrem a partir de uma grande indignação intima, um estado que poderíamos chamar de rebeldia positiva.

Essa situação incômoda é precedida de uma profunda reflexão, que em casos patológicos pode descambar em depressão ou numa revolta disléxica.

Não há como evitar, adiantar ou mesmo querer ter pleno domínio sobre esses ciclos temporais. São resultantes do somatório de experiências que alimentamos e estão enraizadas em nosso inconsciente, em última análise em nossa alma.

São os nossos sucessos, nossos medos, nossas alegrias e nossas angústias, que ao emergirem parecem não ter lógica e nem ordem cronológica, aparentando um emaranhado, que nos aparece em sonhos confusos e sem nexo ou surgem como emoções confusas e contraditórias.

E se não tivermos atentos a essas emoções afloradas, sofreremos butim das circunstâncias que, mesmo quando inexoráveis, são possíveis de administrarmos.

São circunstancias cíclicas, que nem sempre nos damos conta, que vamos reconhecendo à medida que vão se repetindo, mas que - ao primeiro movimento em direção à correção de rumo indispensável - é resolvida ou minimizada.


Carlos Eduardo Bronzoni
7 de agosto de 2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAMÍLIA

FAMÍLIA

Seguidores

Pesquisar este blog