sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vitória e Sucesso


A nossa Vitória e Sucesso não se dão por um ato discricionário e personalístico de Deus ou qualquer outra Consciência Superior.
Ele não invalida nossa capacidade de escolha e muito menos nosso livre-arbítrio, nos impondo seus desejos, seja para bem ou para o mal.
Deus não tem essas veleidades tão características de nossa humanidade e não d’Ele.
Da mesma forma que não nos exime de colhermos aquilo que semeamos, seja erva daninha ou o fruto que nos alimentará. (Mateus 13:28-9)
Em nosso atual estágio mental é natural ter a ideia que a presença divina tem uma aparência igual a nossa, que tenha uma atitude imperial, igual a nossos governantes e comporte ora como um juiz, ora como carrasco. (Lucas 17:20)
Entretanto, essa perspectiva é uma injunção nossa que só consegue distinguir a aparência limitada da letra e mal consegue perceber a essência do espírito. (2 Coríntios 3:6)
O erro comum é interpretar Deus como se estivesse fora de nós, tivesse uma preexistência anterior, distante e independente a nós, como se fora um diretor teatral e fossemos obrigados a seguir-lhe cegamente as orientações. (João 4:24)
Ainda estamos tão presos aos nossos cinco sentidos, acorrentados a vícios mentais e emocionais, que separamos Deus de nós, como se isso fosse real e possível. (Salmos 82:6, 1 Coríntios 3:16, Romanos 8:16)
Sem contar que isto nos “libera” de um comprometimento profundo e permanente. Afinal, como iríamos fazer se esse vínculo fosse tão intimo assim?
Não teríamos como pedir misericórdia ante a descoberta de nossas atitudes mesquinhas, não teria a menor razão de nos cobrir de cinzas, como se isso fosse esconder nossos pecadilhos, e nos lavar em água benta.
Se a nossa abordagem fosse diferente o nosso nível de comprometimento com Deus seria simplesmente total, o que, por sinal, não nos é conveniente.
Necessitamos desse distanciamento para explicar algo que para nós é uma total ignorância; seja a causa de nossas dores ou porque nosso desejo egoísta quer algo, que supomos estar além de nossa capacidade.
Se conseguimos superar é “milagre”, caso contrário os monopolistas da fé ensinam que culpa é da nossa “falta de fé” ou porque o “tempo de Deus” não é o mesmo que o nosso;
E assim vamos levando, nos enganando e adiando cada vez o momento de tomarmos a efetiva posse de nossa verdadeira Vitória e Sucesso.
Carlos Eduardo Bronzoni
31 de maio de 2011

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