sexta-feira, 3 de junho de 2011

A paixão sim

Para amar, o amor é como a árvore frutífera que, mesmo sendo generosa ao doar seus frutos, tem o intuito de se perpetuar; e também deixa cair as próprias folhas, para que elas se transmutem em adubo que a alimentará.
Um amor que não se insere é um egoísmo pervertido, afinal é o amor é um circulo no qual devemos estar inclusos.
É um sentimento equilibrado, ainda que arrojado. É corajoso sem que isso signifique inconsequência.
O amor é um diamante de mil faces, cada uma com seu próprio desenho, brilho e cor.
É diferente da paixão que é sempre igual e seus resultados, ainda que travestidos de amor, sempre se torna um ledo engano.
Nem sempre percebemos que nossa visão do que seja amor é míope, que nossa compreensão dele é um engano.
Estamos quase sempre comerciando nossos sentimentos, fazendo escambo deles e numa expectativa quase nunca satisfeita; exatamente porque não agimos de coração aberto, como arrazoamos, ao percebemos que não nos satisfizeram nossas veleidades.
Acusando o outro daquilo que no fundo era nosso intuito secreto, como não somos atendidos, vestimos a roupagem de vítima e coitadinho.
O amor não sofre, a paixão sim.
Carlos Eduardo Bronzoni
20 de maio de 2011

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