domingo, 8 de novembro de 2009

O Dharma

Ainda que ame alguém, esse amor não pode e nem deve ser maior e nem menor que o amor que acalenta por si mesma.
As decepções são inerentes a viver, como cansaço se relaciona tanto ao trabalho como ao lazer.

Não há um estado parasidiaco aonde se chegar. Viver é estar a caminho. É continuar a aprender.

A plenitude não é um estágio alcançável, muitas vezes apenas uma sensação passageira depois de momentos de prazer.Ter medo de se decepcionar significa que rejeita também a possibilidade de encontrar a felicidade, é se nivelar por baixo e mediocrizar a vida.

Quando a decepção lhe bater a porta abra e a encare de cabeça erguida e peito aberto, só assim vai aprender com os ensinamentos que ela vem passar.

Se negar a ouvi-la é se negar a crescer, é não aceitar que só assim se poderá se aproximar da perfeição tão almejada.Quando sentir que a esperança se esvai, quando parecer que as vistas ficam enevoadas e a sensação de ausência de ar apertar o coração, recorra a sua própria alma.

É somente nela que vai encontrar o arrimo, que vai redescobrir as forças e energias necessárias para se levantar.

Pois, somente mantendo-se erguida é que vai conseguir prosseguir na jornada. Que vai superar os obstáculos e se sentir bem com si mesma, ainda que apenas pela sensação do dever cumprido, que no Budismo chama-se Dharma.

Carlos Eduardo Bronzoni
5 de novembro de 2009

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