segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Derrotas e Vitórias


Queremos uma vida de paz, mas buscamos acomodação do que outra coisa.

Esperamos abundância, mas com um toque de desperdício.

O sucesso é muito mais vaidade que o ensejo de uma realização da alma.

Pedimos novas oportunidades e sequer nos preparamos para quando elas surgirem.
Falamos de liberdade e nem ao menos sabemos lidar com a menor autonomia.

O respeito que exigimos é quase sempre unilateral.
O amor que buscamos em desespero é sinônimo de egoísmo.

Falamos de perdão e não exercitamos a misericórdia, nem ao menos em relação a nós mesmos.
Queremos reconhecimento, mas ficamos cegos aos que nos rodeiam.

Queremos coisas duradouras, mas somos imediatistas.
Pequenos favores prestados são enormes dívidas e, por outro lado, responsabilidades assumidas não têm valor.

Para esconder nossas sombras realçamos os pequenos defeitos de quem nos cerca.
Camuflamos nossos reais interesses e imputamos ao outro a condição de algoz e perseguidor.
Assumimos a posição de vítima enquanto apertamos o vil garrote.

A nossa história pessoal se reflete na comunidade que nos cerca e interfere na própria caminhada da Humanidade, ainda que disso sequer seja de nosso conhecimento.
A menor atitude nossa reverbera além das fronteiras da Terra e em seguida nos é devolvida como se fosse um eco.

Por isso -- antes de agir ou falar -- pense bem no que isso pode significar no universo intimo alheio e quais (além das conseqüências pessoais) irão atuar até mesmo nas forças da Natureza e poderão lhe favorecer vitórias ou infligir derrotas.

Carlos Eduardo Bronzoni
30 de novembro de 2009

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