domingo, 2 de janeiro de 2011

O que é importante

Muitas vezes damos um peso desnecessário a situações que nem sempre mereceriam serem lembradas. 

É verdade que tudo tem um aprendizado de experiência, mas uma coisa ter a memória das coisas ocorridas, como referência e outra é transforma-las em fardos, mesmo que essa lembrança seja de coisas boas.

Independente da qualidade das coisas que fizemos, no momento que encerramos uma a vivência, passa a ser uma coisa exclusivamente do passado, pode ser uma noite insone ou um belo jantar a luz de vela.

O nosso grande obstáculo é que sempre estamos querendo trazer o passado a reboque, queremos sempre guardar pequenas lembrancinhas, seja um papel de bala, um pedaço de papel sujo de bolo, qualquer coisa que nos remeta aquele momento e acabamos escravos do que já se foi.

Da mesma maneira ficamos remoendo mágoas e ressentimentos. Seja aquela palavra dita na hora errada, o atraso, o encontro desmarcado ou adiado.

Sempre estamos a cata de algo que nos prenda e nunca usamos a nossa experiência cotidiana para nos libertar, para sermos felizes

Fazemos de nossa memória a nossa masmorra, dos momentos que já vivemos a uma corrente de ferro, transformamos em aguilhão o medo de ousar, de aprender uma nova e diferente experiência.

Não importa o quanto caminhamos, não importa quantas trilhas entramos, quantos obstáculos superamos. 

A cada dia e a cada momento estaremos sempre aprimorando mais nossas qualidades e, o que antes não merecia atenção, hoje percebemos de outra forma, nossos sentidos ficam mais aguçados e ficamos mais atentos. 

Os místicos chamam de iluminação, os psicólogos de "estar centrados", os religiosos de "um encontro pessoal com Deus" ou simplesmente podemos considerar isso mais um passo para a maturidade


Carlos Eduardo Bronzoni
13 de novembro de 2001.

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