Que tenha a firmeza de um carvalho e a flexibilidade de um arbusto.
Que possa seguir o Sol, ainda que como girassol esteja presa a Terra.
Que possa manter a suavidade da lua cheia, ainda que ela esteja associada aos devaneios.
E tenha a brandura da brisa do mar, que levando o barco de nossos sonhos pra longe ajude trazê-los a terra após a faina.
E como o fulgor quase eterno das estrelas, ilumine a escuridão das noites, ainda que como elas o tempo nos transforme.
Que seja seu sorriso como o “sim” da alma, ainda que sulcada pela dor, mantém-se como veludo de pele de um bebê.
E, por maiores que sejam as perdas, por maiores que sejam as decepções nunca perca a esperança e nem mesmo a fé.
As dores e sofrimentos são como a fornalha e a bigorna, onde é moldado nosso caráter, onde nossa alma adquire sustância, adquire volume e ascende suavemente, superando montanhas que antes nos pareciam intransponíveis.
24 de setembro de 2009.
Carlos Eduardo Bronzoni
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