terça-feira, 5 de outubro de 2010

Única Mulher

Não me canso de admirar, ainda que seja para mim como uma terra distante e desconhecida, alguma coisa há em teus olhos que me contam de um passado longínquo, uma História antes da História.

Há neste olhar, que perscruta o horizonte, a espera de quem tem a certeza da chegada do amado.

Em teus olhos há luz que rivaliza a luz do amanhecer, uma mistura da claridade do Sol com os brilhos das estrelas.

Tuas mãos e teus braços têm a suavidade das marés e a força dos tsunamis.
Ainda que não lhe escute a voz, me ressoa na alma como o canto dos sabiás que preenche de alegria.

Andas de maneira firme e vigorosa, rodopia como se dona dos ventos e rodamoinho fosse...
A própria força da natureza, primitiva, intensa e natural.

Que admira aos que a ama (e assim a liberta) e assusta aqueles que pretensamente querem ter posse e assim a reprime.

É intensa como o fogo, firme como a terra, profunda como as águas dos oceanos e imensa como o próprio céu, feito de ar, assim considerado.

É, em apenas uma, a ninfa, sílfide, salamandra e a fada. O resumo das forças elementais em uma única mulher...

Carlos Eduardo Bronzoni
5 de outubro de 2010

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