domingo, 22 de agosto de 2010

Nossos caminhos


Por mais que tudo pertença ao absoluto, queremos ter a sensação de ter nosso quinhão. Por mais que a posse seja uma ilusão, precisamos ter algumas ilusões para que assim venhamos encontrar a realidade.

Não há como desprezar o “ego” e nem mesmo abrir mão do egoísmo. É o nosso momento e nossa referencia.

Não há mal algum, ao passarmos por perdas, nos lamuriarmos; o que não podemos é paralisar a alma indefinidamente por causa disso.

A Eternidade pertence ao Espírito, mas ainda não estamos vivendo em Espírito, somos ainda homens e mulheres do desejo. Por mais que admiremos as estrelas ainda não somos uma.

Precisamos viver intensamente o que somos, nenhum diamante tem seu valor potencializado se não passar pelo buril.

Porque somente depois de vivenciar profundamente nossas limitações humanas é que então conseguiremos galgar um patamar acima.

Não há como pular etapas, não há como sair do átomo ao arcanjo num átimo. Precisamos de estrutura e estofo; não há como suprimir a adolescência de alguém sem que isso não cause enormes problemas na maturidade.

Não há caminhos errados, mas caminhos que não nos agradam, que insistimos em continuar ainda que não tenhamos o menor interesse ou necessidade.

O nosso equivoco não está em escolher errado, mas insistir quando não faz mais parte de nosso interesse e não saber sair de uma estrada para outra sem causar tanto dano.

O nosso equivoco é optarmos pela paralisia da alma, seja lá a justificativa que tenhamos.

Carlos Eduardo Bronzoni
07 de agosto de 2010.

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