quarta-feira, 21 de abril de 2010

O amor humano


Narciso, personagem do mito grego, não estava imbuído de amor, mas estava abarrotado de vaidade. Não amava a si mesmo, mas estava obsecado pela própria imagem, essa é a lição da fábula.

O amor não é perfeito e nem nasce pronto. Quem vê em si mesmo e seu próprio amor completo e imutável apenas tem paixão.

A paixão que é monolítica, mas também dura e opaca.

O amor surge como uma semente e enfrenta as vicissitudes do tempo, para só então dar frutos.

As nossas exigências egoístas de querer dar ao amor unicamente a dimensão de Deus é o grande equivoco que nos impede de sua descoberta e vivencia.

Prescindimos de vivenciar o amor humano, com todas suas aparentes falhas, para que à medida que o lapidamos ele se mostre em toda sua grandiosidade e beleza.

Assim como ninguém chega ao topo da montanha sem começar a caminhada da base, assim é também o amor, à medida que vamos seguindo através de nossa Caminhada.

Carlos Eduardo Bronzoni
20 de abril de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAMÍLIA

FAMÍLIA

Seguidores

Pesquisar este blog