Nos escondemos de quem?

Há que anestesie alma, embriague as emoções, que finja que não vê e sempre diga que está tudo "bom".
Há quem não queira se dar conta que ser feliz não é omitir, não é jogar os entulhos pra debaixo do tapete de nossos próprios sentimentos.

Ser feliz não é não sofrer, mas aprender com ele.
Não é não sentir solidão, mas tirar o melhor proveito quando ele vir nos fazer companhia.

Não é nunca ficar ansioso e nem agitado, mas usá-los pra tornar as respostas para nossas vidas mais céleres.
Ser feliz é enfrentar os inimigos de cabeça alta e de maneira altiva, para assim olhar diretamente no espelho, que reflete a imagem da única pessoa que pode realmente nos derrotar.

Ser feliz é aprender com os erros, mas também com os acertos. Só que para isso é necessário parar de fugir de si mesmo, não se esconder atrás de máscaras.

Carlos Eduardo Bronzoni
29 de outubro de 2008

Deus atua

Ainda que nuvens escuras estejam sobre nossas cabeças em noite sem lua, devemos nos lembrar que em pouco tempo o Sol vai surgir, que teremos uma visão melhor do que nos cerca.

Ainda que a decepção esteja a nossa porta, a certeza de vitória do sucesso é quem vai desvanecer esse espectro.

Não deixe seu coração turvado, decante suas emoções, deixe essa energia, que sai do coração, límpida e pronta pra ser absorvida.

É nas causas impossíveis onde Deus atua.

Carlos Eduardo Bronzoni

29 de outubro de 2008.

Os desejos são como forças míopes da alma, cuja visão distorcida nos impede de ver claramente muito além de nosso próprio nariz.

Ao invés de brigar contra esse impulso, o que equivale a uma parada abrupta, é aprender a usar o discernimento e bom senso, para que possamos usá-lo como força de impulso quando necessário e força que enfreia quando conveniente.

Carlos Eduardo Bronzoni

24 de outubro de 2008

Viver só

Não há quem viva sozinho, mas existem aqueles que fazem da solidão sua maneira de lidar com as outras pessoas. Ainda que estejam no meio das pessoas amadas, se mantém isoladas e distantes. Os acontecimentos parecem não atingir...

Outras pessoas isolam ao se tornarem extremamente espaçosas, não permitindo quem lhe compartilhe a vida, nem o direito de errar sozinho. Estão sempre querendo antecipar os passos e nem dão o direito ao outro às divagações tão naturais a qualquer pessoa.

A solidão nem sempre é ficar sozinho, mas não permitir que o outro seja o que é, ainda que em nossa opinião seja errado; é não estar junto para as mudanças não sejam apenas dos outros, mas nossa também...

Carlos Eduardo Bronzoni

25 de outubro de 2008.

Desejo

Não se foge do desejo e nem muito menos se reprime, ainda que seja pra comer uma deliciosa torta de chocolate.

O desejo é o impulso criador, é a explosão da ignição.

Seria a mesma coisa que pedir aos alvéolos dos pulmões que não absorvam oxigênio, as hemácias não o transporte e as células não façam uso dele, apenas porque a ciência diz que os radicais livres envelhecem a pele.

O desejo é a fagulha primordial, é dele que surge a chama que vai alimentar nossa vontade, transforma a nossa vida e dá viço a alma.

O que nos cabe é direcioná-lo no sentido que mais nos favoreça que prejudique.

Carlso Eduardo Bronzoni
24 de outubro de 2008.

Pessoas Especiais

Algumas pessoas que consideramos especiais porque temos um vínculo, seja por serem parentes bem próximos ou a quem devemos algum favor. Outras são especiais, pelo simples fato de serem o que são, e não porque nos tenha agradado ou agraciado com alguma vantagem...

Essas pessoas são raras de se encontrar, é mais fácil encontrar um diamante que pessoas assim...

A Humanidade está carente de bons exemplos, as pessoas tendem a seguir o mais fácil e mais vantajoso, ainda que mais a frente lhe seja cobrado um alto tributo por causa dessa facilidade.

As pessoas esperam exemplos, as massas ainda sonham com líderes e modelos. No entanto, cada vez menos temos em quem nos espelhar positivamente.

Se nas Eras anteriores surgiam lideres pelos os quais se guiavam as pessoas, cada vez mais teremos que assumir um compromisso individual de fazer alguma coisa (tomar atitude) e não esperar que façam por nós e nem responsabilizar o outro até pelo nosso próprio dever de sermos felizes.

Carlos Eduardo Bronzoni

20 de outubro de 2008.

Por onde andas?

Por onde andas, minha amada,
Cujo paradeiro desconheço,

Em minha vida desatinada,

E de saudade eu padeço?

Em que estrela tu se escondes,

Em qual Caminho se encontras,

Se vai por aí, não sei onde,

Deixando a tristeza que me ronda?

Sonho acordado com tua presença,

Sigo tua sombra no infinito.

Sei que essa é a minha sentença,

De quando eu chegar tu já estarás partido.

Carlos Eduardo Bronzoni

6 de outubro de 2008.

Estado de graça

Quando você fala assim, sinto que vem de sua alma e envolve a minha, me aquece e ao mesmo tempo refrigera... Tonifica e relaxa... Ilumina e ao mesmo tempo embala o sono, me possui permitindo ser possuída.

Quando ouço tua voz é como se a brisa fizesse um trovão responder dentro de mim, as gotas de orvalho se tornarem chuva intensa de primavera e o opaco se tornar transparente... E imaginar esse amor todo pra mim é como se todas as cores adquirissem um brilho mais intenso e as flores cores mais vivas.


O meu olfato consegue sentir o seu perfume nessa distância, minha pele percebe a palpitação da sua.. E se estar apaixonado é um grau alterado da alma e percepções, o que sinto é um estado de graça que só quem ama pode compreender...



Carlos Eduardo Bronzoni
6 de outubro de 2008

Ordem

O que as pessoas chamam de Caos é a Ordem vista por outro prisma e na qual não nos enquadramos.

A lógica como aprendemos é uma ilusão. Queremos uma ordenação, mas apenas limitada aos nossos cinco sentidos para que possamos aceitá-la.

Só que existe uma outra dimensão de Ordem, que só vislumbramos quando sonhamos.

O consciente, que é a fantasia e a verdadeira Ordem, se encontra no sótão que denominamos de subconsciente.

Somente ao se aprofundar no conhecimento de si mesmo a partir deste prisma é que teremos a capacidade de compreensão da Realidade e de Deus por conseqüência.

Carlos Eduardo Bronzoni

1 de outubro de 2008

Perda...

Não saber lidar com as perdas equivale a nossa dificuldade de não saber lidar com o evento da morte de uma maneira geral.

Ficar mal e o tempo no qual se fica, depende muito da maneira como fomos ensinados a lidar com essas perdas, aliás, como não fomos ensinados...

A vida nos ensina a abstrair e jogar pra debaixo do tapete e não a lidar efetivamente.

A nossa cultura vê a morte como um fim definitivo e irreversível e consequentemente estendemos isso as nossas pequenas perdas cotidianas.

Qualquer perda é considerada como definitiva e isso cria uma barreira intransponível em transmutar a perda em experiência e assim aprender para não repeti-la e conquistarmos o sucesso que tanto almejamos.

Carlos Eduardo Bronzoni

29 de setembro de 2008.